Descubro-me em casa.
Não sei como.
Não sei porquê.
Só o coração desorientado
Com o horizonte
que não se vê.
Há saudades da linha entre o céu e o mar
Há saudades dos domingos de companhia familiar
Há saudades do frio que tarda em chegar
O tempo passa em paradoxo:
Enchem-se os minutos em correria desenfreada
Multiplico-me em espaços
e braços
Passam os meses sem que eu dê por nada
O corpo não sente o ciclo das estações
e ainda não sente o ciclo da vida
O trabalho é de futuro
(assim se vive o presente)
Nasce o menino, em manjedoura surpreendida.
Passa o ano indignado
(um segundo mais tarde!)
O passado está passado, só deixa a saudade.
Estou em casa e não sei como
Vou descobrindo, por ficar
Estou em casa e não sei porquê
Mas saboreio este chegar.
Bissau, 26.01.2009
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1 comentário:
Oh maninha assim pões-nos a chorar!
Mas continua e não tenhas saudades do frio, cá já não se pode com frio e chuva, então em Castelo de Videé um griiso!
Mts bjs e saudades
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